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Imagens de contrastes no mundo vencem prêmio

Em Umuarama, estrada é engolida por erosão | Reprodução Paraná TV
Em Umuarama, estrada é engolida por erosão (Foto: Reprodução Paraná TV)

São Paulo – Denúncias dos contrastes sociais no mundo marcou a 50.ª edição do prêmio de maior prestígio do fotojornalismo mundial, o World Press Photo. O resultado, divulgado ontem, consagrou o americano Spencer Platt, da Getty Images, com a impactante fotografia de um grupo de jovens libaneses passeando em um um bairro arrasado no sul de Beirute após o conflito entre Israel e o Hizbollah.

Para a jurada Michele McNally, a imagem "tem a complexidade e a contradição da vida real e o caos’’.

A imagem é simples, nos faz olhar a sociedade na sua modernidade e oferece a possibilidade de nela se rever, numa tomada de consciência. "Não fiquei surpreso ao ver um carro com jovens ricos e fashion passeando pelos destroços. Beirute sempre foi para mim uma cidade de contrastes e sobreposições’’ diz Spencer. O prêmio, de 10 mil euros, será entregue numa cerimônia em Amsterdã em 22 de abril.

Neste ano, 4.460 fotógrafos de 24 países inscreveram 78.083 imagens nas dez categorias do concurso. Foram premiados 58 fotógrafos.Além de imagens avulsas, o WPP contempla histórias narradas numa série de fotos. É o caso do brasileiro João Kehl, vencedor da categoria de Ensaios Fotográficos sobre Esportes com a história de uma academia de boxe montada sob um viaduto no centro de São Paulo.

A pluralidade do concurso incentiva o consórcio entre sensibilidade social, provocação surrealista e senso estético. Operários da imagem transformam-se em caçadores de emoções, fatos e movimento, embalsamam a "verdade’’ para o futuro, amanhã, depois e sempre. A realidade convertida em símbolo da realidade.

A categoria Assuntos Contemporâneos foi vencida pelo espanhol José Cendón, da "Agência France Presse". A foto mostra as condições dos internos em vários hospitais psiquiátricos da África Subsaaariana. Na categoria Imagens de Notícias, o primeiro prêmio para fotografias individuais foi para o nigeriano Akintunde Akinleye, da "Reuters", por uma imagem sobre a explosão de um oleoduto na Nigéria em dezembro.

Os conflitos no Iraque e Líbano, e a miséria na África estão presentes em muitas das fotografias premiadas, além de estar na Foto do Ano.

Veja as fotos premiadas no site www.worldpressphoto.com

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