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Registro mostra grande parte do país na escuridão | #withsyria
Registro mostra grande parte do país na escuridão| Foto: #withsyria

Uma coalizão de 130 ONGs divulgou nesta quinta-feira (12) imagens de satélite que mostram como foi reduzida a iluminação pública na Síria nos quatro anos de conflito entre rebeldes e o regime do ditador Bashar al-Assad. A análise foi feita a partir de imagens registradas pela Universidade de Wuhan, na China, do território do país entre março de 2011, quando começou o conflito, e fevereiro de 2015. Neste período, a iluminação no país foi reduzida em 83%.

A situação mais grave é em Aleppo, segunda maior cidade da Síria e que atualmente tem o controle dividido entre milícias moderadas e o Estado Islâmico, onde a mancha luminosa foi reduzida em 97%. Em outras áreas dominadas pelo Estado Islâmico, a redução foi parecida: a capital da facção radical na Síria, Raqqa, apresentou redução de 96% em sua mancha luminosa, seguida por Idlib (96%) e Deir ez-Zor (90%). Na maioria das cidades, a destruição superou os 50%. As exceções são a capital Damasco, controlada pelo regime, onde a mancha se reduziu em 35%, e em Quneitra, cidade de maioria cristã, onde o declínio foi de 47%.

Para o diretor-executivo do Comitê Internacional de Resgate, David Miliband, a diminuição da iluminação pública é um retrato da destruição provocada pela guerra, que deixou mais de 200 mil mortos e fez com que 11 milhões deixassem suas casas. “Os sírios merecem muito mais da comunidade internacional. Já passou da hora de mostrar a eles que não desistimos e vamos trabalhar com eles para reacender essas luzes”, disse.

A divulgação das imagens faz parte da campanha #withsyria, apelando às lideranças mundiais que tentem buscar uma solução política para o conflito, o aumento da resposta humanitária e o cessar-fogo nos combates.

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