Assista ao vídeo no site da TV francesa BFM

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Um vídeo divulgado ontem pela emissora de tevê francesa BFM mostra imagens das câmeras de segurança do hotel Sofitel, de Nova York, do ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn e da camareira Nafissatou Diallo momentos após a suposta tentativa de abuso sexual – pela qual o francês chegou a ser preso, mas depois inocentado de todas as acusações pela Justiça americana.

Segundo o canal de tevê, as imagens reforçariam a defesa do francês, que argumentou ser vítima de um complô político para minar seus planos de candidatar-se à Presidência da França em 2012.

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Após a divulgação das imagens, a imprensa francesa chegou a cogitar o envolvimento da rede de hotéis Accor no suposto complô – o que a multinacional negou veementemente.

Nas imagens, pode-se ver o político deixando o hotel calmamente e indo embora de táxi, às 12h27. Pouco depois, às 12h51, Diallo sai de um elevador e conversa com colegas. Depois ela supostamente explicaria para seguranças, com gestos, como teria ocorrido o suposto abuso, e um deles telefona para a polícia.

Às 13h35, as imagens mostram os mesmos dois seguranças indo para uma área reservada, dançando e se abraçando, como se estivessem comemorando algo, o que a imprensa francesa cogitou como a celebração do "sucesso" do complô. Um jornalista americano já havia indicado a mesma suspeita.

Os advogados da camareira afirmaram que o vídeo constitui uma "prova a mais de que Diallo está dizendo a verdade sobre o brutal ataque sexual cometido por Dominique Strauss Kahn", e asseguraram estar prontos para o julgamento civil.

Strauss-Kahn teve que renunciar ao FMI e abandonar suas aspirações presidenciais na França após o escândalo, mas foi liberado de todas as acusações depois que um juiz americano arquivou o caso, argumentando que o depoimento da vítima não era confiável. Nos Estados Unidos, continuaram as disputas judiciais, já que Diallo entrou com uma ação civil.

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O grupo Accor disse que "a ideia de que esses vídeos provam o envolvimento da Accor em um complô é um disparate" e que os seguranças "não tinham conhecimento do status político de Dominique Strauss-Kahn antes dessa fita".