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Imigrante ajudará economia dos EUA, diz Obama

Obama cumprimenta populares após discurso em Las Vegas em que defendeu reformas no sistema de imigração dos EUA | REUTERS/Jason Reed
Obama cumprimenta populares após discurso em Las Vegas em que defendeu reformas no sistema de imigração dos EUA (Foto: REUTERS/Jason Reed)

Com um discurso de apelo emocional no qual evocou a origem da maioria dos americanos, o presidente Barack Obama pediu nesta terça-feira (29) urgência na reforma do sistema imigratório dos EUA e enfatizou que as mudanças são necessárias à economia do país.

O democrata também elogiou a proposta feita na véspera por senadores dos dois partidos, a qual deixou o presidente na insólita situação de ver um tema prioritário de sua agenda absorvido pela oposição republicana, que tenta recuperar terreno entre o cobiçado eleitorado latino."A hora é agora", declarou Obama, cinco vezes seguidas, à plateia em uma escola de Las Vegas, no Estado fronteiriço de Nevada (27% de população de origem latina).

"Temos 11 milhões de homens e mulheres vivendo nas sombras. Eles quebraram as regras (...) Mas muitos estão aqui há muitos anos, e a maioria contribui para a sociedade, cuida de suas famílias e tenta ganhar a vida honestamente", afirmou."Quando trabalham horas extras, muitas vezes o fazem à sombra. Isso é ruim não só para eles, mas para a nossa economia [...].Os salários e as condições de trabalho dos americanos estão em risco também", prosseguiu Obama, dizendo que a reforma "ajudaria a classe média".

O longo discurso do presidente (foram 25 minutos), porém, trouxe poucos detalhes e mal se diferencia da proposta apresentada na véspera por oito senadores republicanos e democratas ou do plano de imigração que o próprio Obama lançara em 2011.

Ele organizou seu projeto em três pontos, unindo em um item a vigilância e a segurança enfatizadas pelos senadores: patrulhamento inteligente; caminho para a cidadania e modernização do sistema, visando atrair para o país "as pessoas mais brilhantes do mundo".

Diferentemente dos senadores, porém, o presidente não atendeu à reivindicação republicana de condicionar a possibilidade de legalização dos imigrantes ao reforço da segurança na fronteira.

Os dois lados concordam sobre a criação de um banco de dados e o estabelecimento de penas que inibam a contratação de ilegais, mas as medidas de segurança ainda precisam ser detalhadas, e esperá-las atrasaria o início da solicitação de cidadania.

Obama disse que será um caminho "duro, mas justo", exigindo do imigrante impostos em dia, ausência de antecedentes criminais, pagamento de multa, domínio do inglês e concessão de residência permanente.

Estrangeiros que tenham pós-graduação em ciências ou tecnologia nos EUA, empreendedores que encontrem patrocínio de empresas locais e imigrantes trazidos na infância teriam, porém, um processo acelerado - nos dois primeiros casos, para dar impulso à inovação no país.

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