Washington Mais de 80% dos imigrantes mexicanos e centro-americanos afirmam que ficou mais difícil conseguir um bom emprego nos Estados Unidos, de acordo com um novo estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A pesquisa também afirma que mais de 30% dos mexicanos e centro-americanos no país aponta a discriminação como o problema mais grave para os imigrantes no país, e para 83% dos mexicanos e 79% dos centro-americanos, o problema está piorando.
O levantamento foi realizada em junho, no auge do debate no Senado americano sobre mudanças na legislação sobre imigração quando houve grande pressão dos republicanos para combater os ilegais no país.
De acordo com o estudo do BID, o principal motivo para a maior dificuldade em conseguir empregos bem-remunerados nos Estados Unidos atualmente, apontado por quase metade (45%) dos imigrantes entrevistados, são as leis de imigração (exigência de documentos).
Em seguida, com 21%, aparece a falta de empregos no país. A exigência de educação é o terceiro maior problema apontado pelos imigrantes, com 12%.
O estudo indica ainda que a porcentagem dos mexicanos que envia dinheiro para o seu país de origem caiu.
A porcentagem caiu de 71% dos mexicanos no ano passado, para 64% no primeiro semestre de 2007. A queda foi mais acentuada nos Estados em que a imigração latina é mais recente, como a Geórgia, a Carolina do Norte e a Pensilvânia.
Nessas regiões, a porcentagem de dinheiro enviada para casa por mexicanos caiu de 80%, em 2006, para 56% neste ano.
No entanto, o número de imigrantes de países da América Central que remete dinheiro de volta continua crescendo.
Entre os cidadãos de El Salvador, Guatemala e Honduras, 78% afirmam que remetem dinheiro neste ano, em comparação com 80% no ano passado.
O estudo estima que os mexicanos enviarão neste ano US$ 23,4 bilhões para casa, o que representa um aumento de 1% em comparação a 2006.