Acredita-se que dezenas de imigrantes africanos que sonhavam em chegar à Europa tenham morrido de sede ao atravessar o Deserto do Saara. Entre as vítimas, estão várias mulheres e crianças, de acordo com as autoridades locais. Desde o último dia 15, um grupo de cerca de 60 pessoas saiu de Arlit, no Níger, com o objetivo inicial de chegar à Tamanrassett, cidade argelina cravada no deserto.
Segundo o prefeito de Agadez, cidade do Norte do Níger, a tragédia ocorreu quando um dos veículos quebrou, e o outro partiu vazio à procura de peças para o conserto, deixando os passageiros para trás. Os imigrantes, então, se dividiram em pequenos grupos à procura de água. Após dias de caminhadas, cinco sobreviventes teriam retornado à Arlit, onde alertaram ao Exército sobre o incidente.
Até o momento, foram encontrados os corpos de duas mulheres e três adolescentes, mas 35 pessoas continuam desaparecidas. As estimativas iniciais apontam que 19 pessoas teriam sobrevivido.
A região faz parte de uma conhecida rota de tráfico de pessoas, na qual emigrantes da África Ocidental se deslocam até o norte do continente, de onde tentam chegar à Europa a bordo de precárias embarcações. No lucrativo negócio do transporte ilegal de pessoas, é comum que os chamados coiotes abandonem a carga humana no deserto, os deixando a própria sorte, quando algum problema ocorre.
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