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| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

A Lua é tão bombardeada por rochas espaciais que sua superfície sofre uma alteração completa a cada 81 mil anos, revela um estudo divulgado nesta quarta-feira (12), que tem como base dados da Nasa.

Estas sacudidas - que afetam os dois centímetros mais superficiais da poeira lunar, quase totalmente desprendida - ocorre com uma frequência quase cem vezes maior do que se pensava anteriormente, afirmaram cientistas. O estudo também estima que asteroides e cometas que colidem com o satélite natural da Terra geram, em média, 180 novas crateras de pelo menos 10 metros de diâmetro todos os anos.

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As descobertas, publicadas na revista científica britânica Nature, são de fotos do “antes e depois” tiradas pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter, da agência espacial, que mapeia a Lua desde 2009.

Ao comparar imagens da mesma área a intervalos regulares, uma equipe de cientistas liderada por Emerson Speyerer, da Universidade do Estado do Arizona, conseguiram registrar o número de novas crateras e extrapolar esta cifra para a toda a superfície lunar.

“Nós detectamos 222 novas crateras produzidas por impactos e descobrirmos 33% mais crateras com um diâmetro de pelo menos 10 metros do que o previsto em modelos anteriores”, concluíram os cientistas.

Os pesquisadores também descobriram milhares de distúrbios sutis na superfície do satélite, que descreveram como “cicatrizes” de impactos menores e secundários que, após milhares de anos, sacudiram a camada superficial da Lua sem produzir crateras.

A Terra também é constantemente bombardeada por asteroides e meteoros - mais de cem toneladas de poeira e partículas do tamanho de grãos de areia caem por aqui todos os dias. Acontece que o planeta é protegido por sua espessa atmosfera.

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