Após um impasse nas negociações, Israel informou neste sábado (2) que retirou os seus negociadores do Catar, um dos mediadores do acordo suspenso entre o Estado judeu e o Hamas, que estavam tentando um nova trégua no conflito, depois do fim do cessar fogo, na última sexta-feira.
Segundo informou a agência Reuters, uma equipe do Instituto para a Inteligência e Operações Especiais, o Mossad, havia sido enviada a Doha para conversar com autoridades sobre uma nova trégua e um novo grupo de reféns a serem libertados. As conversas, de acordo com informações do jornal Times of Israel, chegaram a "um beco sem saída".
O novo acordo seria incluir, segundo a Reuters, uma nova categoria de reféns além de mulheres e crianças, como previa o último, suspenso há dois dias. “Após um impasse nas negociações e sob a direção do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, David Barnea, chefe do Mossad, ordenou que sua equipe em Doha retornasse a Israel”, diz o comunicado de Israel.
No mesmo comunicado, o Mossad alega que o Hamas "não cumpriu suas obrigações sob o acordo que incluía a libertação de todas as mulheres e crianças que estavam na lista fornecida ao Hamas que havia autorizado isso".
O porta-voz do governo israelense, Eylon Levy, havia feito a mesma argumentação na sexta-feira, reforçando que a suspensão da trégua foi tomada pelo Hamas ao "não libertar todas as mulheres sequestradas". Uma fonte do grupo disse à Reuters que o impasse teria ocorrido sobre as mulheres soldados. Para o Hamas, o acordo visava apenas civis, e militares (independente do gênero) deveriam ser negociados separadamente.
O grupo terrorista declarou em nota ter proposto entregar os corpos de um bebê, seu irmão e sua mãe, mortos, segundo ele, nos bombardeios israelenses. Israel não confirmou a morte dos três membros. O Hamas afirma que também ofereceu libertar o pai das crianças, mas que Israel, "que já havia tomado a decisão de retomar a agressão, não respondeu".
Trégua durou uma semana e libertou menos da metade dos reféns
O cessar-fogo entre Israel e o Hamas durou uma semana. Até a última quinta-feira, foram libertados 110 reféns — israelenses e estrangeiros — e 240 prisioneiros palestinos. Segundo o Exército de Israel, menos cinco reféns morreram ainda em cativeiro, com estimativas de que haveria ainda entre 137 e 159 pessoas sequestradas em Gaza.
Jonathan Conricus, porta-voz das Forças Armadas de Israel, afirmou que agora a estratégia é atacar alvos militares do Hamas em toda a Faixa de Gaza". Já são mais de 400 alvos terroristas dizimados, segundo as forças israelenses.
Fonte ligada ao grupo informou que o braço armado do Hamas, as Brigadas Ezzedeen al-Qassam, recebeu "a ordem para retomar o combate" e "defender a Faixa de Gaza".
Autoridades internacionais e grupos humanitários criticara, o fim das negociações. O secretário-geral da ONU, António Guterres, escreveu em rede social lamentar "profundamente" o reinício das hostilidades.
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