Nicolás Maduro, durante evento em Caracas no mês de abril: risco de derrota.| Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez
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O presidente-ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, está em campanha pelo terceiro mandato. As eleições, marcadas para 28 de julho e já imersas em denúncias de uso político da máquina do Estado, são as mais desafiadoras para o sucessor de Hugo Chavez. Com a popularidade em baixa, Maduro tem recorrido a truques para esconder a falta de apoio.

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Nesta quinta-feira, Maduro publicou um vídeo em que é abraçado por participantes de um certo “Congresso de Avôs e Avós”.  As imagens dão a impressão de que o público foi ao encontro de Maduro para abracá-lo assim que o viu. Mas uma versão não-editada, divulgada na rede social X pela ativista de oposição Graciela Requena, mostra que o abraço foi, no mínimo, encenado.

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Nas imagens, Maduro permanece a poucos metros de distância dos apoiadores, ensaia alguns passos sem sair do lugar e então se dirige, como que em câmera lenta, ao pequeno grupo de militantes. Estes, por sua vez, agem como se o líder autoritário houvesse acabado de surgir diante deles.

Um trecho do vídeo, já editado, foi divulgado por Maduro em suas páginas nas redes sociais.

Ameaça ao chavismo

Maduro assumiu a Presidência da Venezuela em 2013. Se vencer, ele terá mais seis anos no cargo.

Originalmente a favorita para vencer as eleições, a candidata oposicionista Maria Corina Machado foi barrada pela Suprema Corte chavista. O partido dela, a Plataforma Unitária, decidiu indicar outra candidata: Corina Yoris. Mas ela também foi impedida de participar do pleito.

A sigla decidiu, então, apoiar o ex-diplomata Edmundo González Urrutia, que concorre como independente mas tem o respaldo da Plataforma Unitária. As últimas pesquisas trazem Urritia muito à frente de Maduro. Um levantamento divulgado em 16 de maio, por exemplo, mostrou o oposicionista com 51,77% das intenções de voto, contra 13,15% de Maduro.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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