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Espionagem

Imprensa critica “parcialidade” de Citizenfour

“Sim, nós escaneamos”, diz cartaz em protesto nos EUA | Kai Pfaffenbach/Reuters
“Sim, nós escaneamos”, diz cartaz em protesto nos EUA (Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters)

O documentário sobre Edward Snowden, Citizenfour, dirigido pela jornalista Laura Poitras, estreou nos EUA no último fim de semana. O título faz uma referência ao nome adotado por Snowden, o delator da Agência de Segurança (NSA), para se comunicar com Laura, americana que vive em Berlim e já realizava filmes criticando os abusos de Washington antes de conhecer o ex-prestador de serviços da inteligência americana.

O filme mostra o encontro de Snowden com três jornalistas (Laura entre eles), ocorrido entre os dias 3 a 10 de junho de 2013, num hotel de Hong Kong.

Para o New York Times, Citizenfour é "parcial e partidário". Uma crítica semelhante foi feita por David Edelstein, da New York Magazine. Vários jornalistas que cobrem temas de segurança e tecnologia como Fred Kaplan, da revista Slate, e Michael Cohen, ex-jornalista do Guardian, criticaram omissões e simplificações.

Apesar dos problemas, o NYT destacou que Citizenfour evoca, como poucos filmes até hoje, a presença invisível do Estado moderno, uma abstração com enormes recursos coercitivos a seu alcance.

Namorada

Citizenfour revela que a namorada de Snowden, que vivia com ele no Havaí, se mudou para a Rússia, país em que o delator se exilou. Snowden, de 31 anos, voou do Havaí para Hong Kong em maio de 2013 e obteve asilo na Rússia em agosto do mesmo ano. Ele é acusado pelos EUA de violação da Lei de Espionagem e de roubo de propriedade do governo, acusações que podem levar a uma condenação de até 30 anos de cadeia.

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