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Miguel Díaz-Canel, ditador de Cuba
Miguel Díaz-Canel, ditador de Cuba| Foto: EFE/ Ernesto Mastrascusa

Durante esta semana, milhares de cidadãos cubanos insatisfeitos com o regime comunista decidiram tomar as ruas em várias localidades do país para protestar contra a escassez de alimentos e os frequentes apagões.

No entanto, segundo informações do portal independente cubano Cubanet, enquanto ele e outros veículos independentes, como o portal Martí, tentavam cobrir de forma ampla as manifestações em curso contra o regime castrista, as emissoras e veículos de comunicação estatais, que são ligados à ditadura comunista e conhecidos por sua retórica de agitação e propaganda a favor de Havana, optaram por realizar uma abordagem evasiva dos movimentos.

De acordo com o Cubanet, veículos estatais como o portal Cubadebate e a Agência Cubana de Notícias (ACN), tentaram abafar de todas as formas as manifestações e, quando decidiram finalmente comentar o assunto, o fizeram com uma narrativa que desviava o foco dos protestos, atribuindo a escassez que abala o país neste momento à política externa dos Estados Unidos (os embargos, como sempre) e às declarações do ditador Miguel Díaz-Canel, que acusava os movimentos em curso de serem frutos da “interferências estrangeiras”.

O jornal oficial do regime comunista, Granma, adotou uma estratégia de “distração”, conforme apontou o Cubanet, falando sobre o “diálogo permanente” como “peça-chave” para a “unidade nacional”, sem mencionar diretamente as manifestações contra o regime de Havana.

Outros jornais cubanos mais provinciais, como o jornal Ahora, jornal Girón e o jornal La Demajagua, ignoraram completamente as manifestações, enquanto outros como o jornal Sierra Maestra, tentaram minimizar os protestos, citando uma suposta “multidão” que apoiava o regime comunista, conforme noticiou o Cubanet.

Tal postura da imprensa ligada a Diaz-Canel não apenas silencia as vozes dos cidadãos descontentes, mas também evidencia a falta de transparência e a manipulação da informação por parte do regime comunista cubano.

Ainda segundo informações, durante os dias em que ocorreram as manifestações, o regime comunista de Havana decidiu cortar de forma temporária a internet da ilha, para que não fosse possível a veiculação de qualquer informação que não estivesse sob o conhecimento das autoridades cubanas.

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