A imprensa russa está bastante cética sobre a declaração dada nesta quinta-feira pela Grã-Bretanha, que afirma ter frustrado uma série de ataques que causariam inúmeras mortes em vôos internacionais com destino aos Estados Unidos.
De acordo com o jornal "Vremia Novostei", trata-se de "uma notícia que cai como uma luva para (o premier britânico Tony) Blair, porque tira a atenção da guerra no Iraque ou do que está havendo no Líbano", e justifica a relação considerada muito estreita com a política de administração americana de George W. Bush.
O diário "Kommersant" é ainda mais incisivo: "Como Bush e Blair, enquanto o mundo inteiro estava em alerta e os aeroportos estavam em emergência, nem sequer interromperam suas férias? A única resposta é que sabiam bem o que estava acontecendo, ou o que não aconteceria, e por isso não tiveram medo algum."
O jornal cita ainda o vice-diretor da companhia russa Aeroflot, segundo o qual "quando os serviços secretos têm notícias importantes de verdade, dizem isso de forma discreta, sem proclamações públicas".
O diário "Vedomosti" ironiza, imitando o jargão dos aeroportos: "Atentado cancelado, ou talvez um pouco atrasado."
Já o jornal "Nezavisimaia Gazeta" ressalta que "o governo britânico encontrou novos argumentos para justificar (a concessão de) maiores poderes à polícia e aos serviços secretos no controle da imigração".
As informações são da ANSA.
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