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Uma quarta igreja foi incendiada na Malásia no sábado (9), ao mesmo tempo em que o governo tentava acalmar as tensões surgidas de uma controvérsia sobre o uso da palavra "Alá".

Os ataques sem precedentes ensejam o risco de dividir o país de 28 milhões de habitantes, majoritariamente muçulmano, mas com significativas minorias religiosas, e também de complicar o plano do primeiro-ministro Najib Razak de recuperar o apoio dos não muçulmanos antes das eleições de 2013.

A disputa foi desencadeada pela determinação de uma corte permitindo que um jornal católico usasse a palavra Alá em suas edições na língua malaia. A decisão motivou protestos em mesquitas na sexta-feira e incitou ataques incendiários contra três igrejas, resultando em grandes danos a uma delas, de denominação pentecostal.

Enquanto Najib visitava a igreja pentecostal e oferecia uma ajuda governamental de meio milhão de ringgit (cerca de 148 mil dólares) para a manutenção de uma "sociedade harmoniosa", líderes da igreja diziam querer garantias mais concretas de segurança.

"Nós pedimos ao governo que faça uma declaração forte a esses malfeitores para que nós possamos rezar em paz no domingo", afirmou à Reuters o reverendo Hermen Shastri, secretário-geral do Conselho das Igrejas da Malásia.

A Malásia é predominantemente muçulmana e malaia, mas há significativas minorias étnicas chinesas e indianas que seguem principalmente o cristianismo, o budismo e o hinduísmo.

No último atentado no início do sábado, pessoas não identificadas lançaram um coquetel molotov em uma igreja luterana em um subúrbio no Estado de Selangor.

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