O Governo chileno lamentou nesta quinta-feira a situação vivida pela cidade de Valparaíso, a 120 quilômetros de Santiago, após um incêndio que deixou o saldo de mais de 1 mil desabrigados, pelo menos 150 casas destruídas e 27 pessoas atendidas em hospitais.
Os novos números foram fornecidos pelo Escritório Nacional de Emergência de Valparaíso e divulgados pelo "Canal 24 Horas".
O diretor dessa entidade em nível regional, Guillermo de la Maza, assinalou que "amanhã cedo se voltará ao local para termos os números de quantas casas foram destruídas. Sem dúvida, o número mudará", disse
Em declarações no Palácio de La Moneda, sede do Executivo, o ministro do Interior, Rodrigo Ubilla, assinalou que o fogo que atingiu a parte alta de Rodelillo se transferiu para o vizinho morro Los Prazeres, onde várias pessoas foram evacuadas.
O incêndio forçou a interrupção da Rota 68, que liga Santiago a Valparaíso, e levou as autoridades a disponibilizarem três abrigos para as famílias que perderam as suas casas.
O fogo começou ao meio-dia e se propagou rapidamente devido aos fortes ventos comuns a zonas litorâneas, arrasando em pouco tempo ao menos 150 imóveis.
"A situação é dramática, temos um alto grau de calor, um vento bastante forte e diversos focos", declarou ao site "Emol" Jorge Castro, prefeito de Valparaíso, cidade que é Patrimônio Cultural da Humanidade.
Por sua vez, o Escritório Nacional de Emergência (Onemi), dependente do Ministério do Interior, declarou alerta vermelho para as prefeituras de Valparaíso e Viña del Mar, enquanto a distribuidora de energia elétrica da região decidiu interromper o fornecimento para que os bombeiros desenvolvessem com tranquilidade o seu trabalho.
Ubilla informou que o alto comando dos Carabineiros, a Polícia militarizada do Chile, se comprometeu a manter 600 homens na zona afetada para resguardá-la de eventuais saques. O ministro aproveitou para descartar a hipótese de o Executivo decretar estado de emergência na região de Valparaíso.