Menina resgatada da balsa desembarca com o pai em um aeroporto perto de Atenas| Foto: Pool/Reuters

A Marinha Militar italiana encontrou ontem um novo corpo no mar durante as buscas por vítimas após o incêndio da balsa Norman Atlantic, o que eleva para 11 o número de mortos durante o acidente ocorrido no domingo.

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"A embarcação San Giorgio se movimenta para recuperar um corpo no mar. Depois se dirige a Brindisi", indicou a Marinha Militar em seu perfil do Twitter.

A atualização do número de mortos ocorre depois que o promotor de Bari, Giuseppe Volpe, expressou seu "temor" de achar novos corpos uma vez que seja recuperada a balsa incendiada em águas do mar Adriático.

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Segundo os dados divulgados pela promotoria, a lista oficial de passageiros apontava 478 pessoas mas, além disso, foram identificados três clandestinos –dois afegãos e um sírio – e a balsa tinha um sobrepeso de 18 pessoas. Entre os desaparecidos poderiam estar também três caminhoneiros napolitanos e outro siciliano.

O número de viajantes pode ser, portanto, de 499 pessoas, das quais, segundo a Marinha, foram resgatados 427 e outras 11 perderam a vida.

A tragédia começou por volta das 4 horas (meia-noite de Brasília) do domingo, quando ocorreu um incêndio na adega da embarcação. As chamas e a fumaça se propagaram com rapidez, o que fez com que o navio ficasse à deriva, próximo ao litoral da Albânia e sacudido pelas fortes ondas na área meridional do Mar Adriático.

As procuradorias de Brindisi e Bari já abriram investigações para esclarecer se houve crime no "naufrágio" ou "homicídio culposo" por parte do comandante, Argilio Giacomazzi, e do armador, Carlo Visentini.

Alguns veículos de comunicação divulgaram informações sobre uma vistoria, em 19 de dezembro, que revelou seis problemas relativos ao sistema de emergências e corta-fogo na embarcação.

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