Um incêndio em um hotel em Sulaimaniya, no norte do Iraque, matou 30 pessoas, inclusive estrangeiros, e feriu pelo menos 22 outras, disse a polícia na sexta-feira, atribuindo o incidente a um vazamento de gás.
O Curdistão iraquiano, onde fica Sulaimaniya, é uma região relativamente estável e pacífica, e as autoridades descartaram a hipótese de atentado terrorista.
O incêndio começou na noite de quinta-feira (à tarde no Brasil) num restaurante no térreo do hotel Soma, no centro da cidade. Entre os mortos estão funcionários bengalis e cidadãos de Grã-Bretanha, EUA, Canadá, Japão, Polônia, Equador e Austrália, segundo uma fonte policial.
Algumas das vítimas, segundo essa fonte, trabalhavam para a Asiacell, uma operadora local de telefonia celular.
Outra fonte policial disse que entre os mortos há também um cidadão chinês.
O Curdistão foi uma região reprimida durante a ditadura de Saddam Hussein, mas desde a primeira Guerra do Golfo, em 1991, é praticamente um país independente sob proteção ocidental.
Enquanto o resto do Iraque mergulhava na violência sectária depois da invasão norte-americana que derrubou Saddam, em 2003, a estabilidade do Curdistão iraquiano atraía investimentos estrangeiros, principalmente da Turquia e Oriente Médio.
"Este não é um ato terrorista", disse Qader Hama-Jan, chefe das operações de segurança locais.
Há mulheres e crianças entre as vítimas. "A maioria das pessoas que morreram foi sufocada pela fumaça. Não conseguiram sair", disse o médico Reqot Hama-Rasheed, chefe do departamento de saúde local.
"Segundo a informação que temos, foi um vazamento de gás. Do contrário, (o fogo) não teria se espalhado tão rapidamente", disse o coronel da polícia Aras Baker à TV local.
Uma autoridade disse que pelo menos três pessoas morreram saltando do terceiro andar, na esperança de escapar das chamas. O incêndio levou várias horas para ser controlado.