Pelo menos 14 das vítimas do fogo em um hotel de cinco andares no norte do Iraque eram estrangeiras. Muitas delas estavam no país em busca de trabalho e oportunidades de investimentos na região curda iraquiana, rica em petróleo. O incêndio ocorrido em Sulaimaniyah começou ontem à noite no Hotel Soma e foi causado por um problema elétrico, disse o chefe de polícia local, general Najim-al-Din Qadir. Quatro mulheres - uma delas grávida - e quatro crianças estavam entre os mortos. O incidente matou 29 pessoas.

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Testemunhas descreveram cenas de pessoas em pânico saltando do prédio para tentar escapar das chamas. "Eu vi três pessoas pulando para escapar do fogo, mas elas morreram quando atingiram o solo", contou Kameran Ahmed, proprietário de uma loja de suprimentos elétricos próxima do hotel. O chefe do corpo de bombeiros de Sulaimaniyah, brigadeiro Yadgar Mohammed Mustafa, disse que o fogo durou quase cinco horas até ser controlado, durante a noite. Segundo ele, a maioria das vítimas morreu por inalar muita fumaça. A falta de saídas de emergência contribuiu para aumentar o número de vítimas.

Mustafa afirmou que entre os mortos havia cidadãos de Austrália, África do Sul, Reino Unido, Líbano, Bangladesh, Etiópia, Canadá, Equador, Venezuela e China. Vários deles trabalhavam para companhias petrolíferas. Várias companhias estrangeiras do setor de petróleo operam no norte curdo, onde está cerca de 40% dos 115 bilhões de barris da reserva comprovada de óleo do Iraque. O diretor-geral da companhia de telefones celulares AsiaCell, Farouq Mulla Mustafa, afirmou que quatro de seus engenheiros morreram. Eles eram de Filipinas, Iraque, Sri Lanka e Camboja.

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Sulaimaniyah, localizada a 260 quilômetros a nordeste de Bagdá, é a capital comercial da região autônoma curda do Iraque e a segunda maior cidade da região. É conhecida pelo comércio e tem ligações próximas com a Turquia e o Irã. Os curdos gostam de apresentar seu território semiautônomo como um espaço para se fazer negócios com segurança, diferentemente do restante do país onde há preocupações com a violência e os impasses políticos. Muitos iraquianos gostam de passar as férias de verão na área curda do país.