Santiago - Um grande incêndio na prisão de San Miguel, no Chile, matou 81 presos ontem. Outras 21 pessoas, entre detentos e guardas, ficaram feridas e estão hospitalizadas, segundo o presidente do Chile, Sebastian Piñera.
O incêndio começou por volta das 4 h (hora local), após uma briga entre os presos. A superlotação contribuiu para o alto número de mortos, segundo o presidente. O fogo ocorreu apenas no quarto andar da prisão San Miguel, localizada na região metropolitana da capital, Santiago.
A prisão foi projetada para receber cerca de mil presos, mas estavam cumprindo pena no local quase 2 mil pessoas. A superlotação é um problema comum nas prisões chilenas, e o governo tem construído prisões durante anos para lidar com o problema. Há atualmente 30 mil vagas nas prisões do Chile, mas 53 mil detentos.
Piñera reconheceu o problema e notou que ele é antigo. O presidente não descartou que o número de mortos possa subir, pois há 14 feridos em estado grave.
Em outubro deste ano, um relatório da juíza Ana María Arratia Valdebenito, advertiu que o pavilhão 5, onde começou o incêndio, estava com superlotação.
Um dos fiscais que investigará a tragédia, Alejandro Peña, disse que, segundo relatórios preliminares, o incêndio "foi intencional".