Fortes ventos neste domingo (23) espalharam um imenso incêndio que se alastrou por casas e por grandes extensões de floresta perto de Atenas, capital da Grécia, forçando milhares de moradores a fugir, informaram autoridades.
Uma espessa coluna de fumaça ficou suspensa em cima da Acropolis enquanto as chamas, que seguem sem ser controladas pelo segundo dia, chegaram aos subúrbios ao norte da capital, testando os recursos estatais para seu combate e o governo conservador, que enfrentará em março uma eleição antecipada.
Autoridades locais usaram alto-falantes para aconselhar moradores do subúrbio de Aghios Stefano, onde vivem 20 mil pessoas, a deixar suas casas. As chamas já chegaram ao local e as primeiras casas foram atingidas. A localidade fica a cerca de 20 quilômetros da capital grega.
Outros focos
O fogo em torno de Atenas também forçou a evacuação dos habitantes de vários povoados localizados nas encostas do Monte Pendelis. No meio da tarde deste domingo (horário local), o porta-voz dos bombeiros, Gianis Kapakis, informou que há outros cinco grandes incêndios no resto do país.
"Os ventos estão mais fortes e mudam de direção todo o tempo, espalhando o fogo ainda mais", disse o porta-voz da brigada de incêndio Giannis Kapakis.
Muitos abandonaram suas residências durante a noite e alguns estão freneticamente tentando impedir as chamas de chegar a suas casas com mangueiras de jardim e galhos de árvores.
"Nós estamos enfrentando uma experiência difícil", disse o primeiro ministro Costas Karamanli. "O departamento de incêndio está fazendo um esforço sobre-humano."
Consequências
O controle do incêndio - o maior desde o pior incêndio registrado na história da Grécia em 2007, quando 65 pessoas morreram ao longo de dez dias - será crucial para o destino político do governo, já que as eleições antecipadas se aproximam.
A ajuda dos aliados europeus da Grécia já começou a chegar. Duas aeronaves italianas se juntaram aos esforços para combater o incêndio e outras são esperadas da França e de Chipre neste domingo, afirmaram oficiais.
O ministro do Interior, Prokopis Pavlopulos, que coordena os trabalhos de combate às chamas e o auxílio às populações em perigo, declarou que "a situação é extremamente difícil devido aos ventos, ao calor e ao terreno".