A cidade de Moscou amanheceu pelo segundo dia consecutivo sob uma grossa camada de fumaça vinda dos incêndios que ocorrem em regiões próximas, levando muitos moscovitas a usarem máscaras e provocando o atraso de voos nos aeroportos da capital russa. "Não consigo mais aguentar", disse Anna Kozyreva, 25 anos. "Meus pais deixaram a cidade. Tudo o que eu quero é respirar normalmente, mas meu emprego não permite que eu saia daqui".
A concentração de poluentes como o monóxido de carbono no ar da capital russa atingiu um nível seis vezes mais alto que o normal de acordo com autoridades de saúde. "A fumaça está em todo os lugares - em casa, nos shoppings, no metrô", disse Roman Morozov arquiteto de 29 anos. A visibilidade na cidade caiu para algumas centenas de metros e cerca de 12 voos com destino aos aeroportos de Domodedovo e de Vnukovo foram desviados para outros aeroportos.
Aproximadamente 600 incêndios ocorriam separadamente neste sábado (7) na Rússia, principalmente na região oeste do país, de acordo com o Ministério de Emergências. A área atingida pelas chamas cresceu nas últimas 24 horas, em meio à onda de calor mais intensa já registrada no país nos últimos 130 anos.
Pelo menos 52 pessoas morreram e 2 mil casas foram destruídas pelas chamas. As autoridades russas admitiram que 10 mil bombeiros combatendo os incêndios não são suficientes - avaliação que foi ecoada por muitos moradores, que viram suas residências virarem carvão em questão de minutos.
Moscou teve temperaturas próximas a 38 graus Celsius - a temperatura média de verão é de 23 graus Celsius - e a previsão é que o calor permaneça nos próximos dias.
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