Até o momento, 150 construções foram totalmente destruídas e 50 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas na Califórnia, por causa de incêndios| Foto: MARIO TAMA/AFP

Os incêndios que atingem o sul da Califórnia desde segunda-feira (4) já fizeram mais de 200 mil pessoas deixarem suas casas e chegaram a Los Angeles, segunda maior cidade americana, nesta quarta-feira (6).  

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Os ventos fortes, que chegam a 130 quilômetros por hora, ajudam a disseminar o fogo e dificultam o trabalho dos bombeiros. Até o momento, não há informação de mortes relacionadas aos incêndios.  

"Não há como combater o fogo com esse tipo de vento", disse ao jornal "Los Angeles Times" o diretor do Cal Fire (Departamento de Proteção contra Fogo e Florestas da Califórnia), Ken Pimlott.  

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A situação mais grave ocorre no condado de Ventura, a 80 quilômetros de Los Angeles, local onde as chamas começaram na segunda, antes de espalharem pela região, criando novos focos de incêndios.  

O incêndio Thomas, que atinge Ventura, já queimou uma área de 360 quilômetros quadrados (pouco mais do que a área do município de Ilhabela, em São Paulo) destruindo pelo menos 150 construções e obrigando 50 mil pessoas a deixarem suas casas no condado.  

Um pouco menor, o Creek (riacho) atingiu uma área de 48 quilômetros quadrados (equivalente ao município de Francisco Mourato, na Grande São Paulo) na região do Vale de San Fernando, no norte de Los Angeles  

Há também o Rye (centeio), no noroeste da cidade e que ameaça cerca de 5.000 casas, e o Skirball (nomeado em homenagem a um museu da região), que atinge Bel Air, um dos bairros mais valorizados de Los Angeles.  

Por isso, parte dos moradores de Bel Air teve que deixar suas casas e outros podem fazer o mesmo em breve. Uma vinícola que pertence ao empresário Rupert Murdoch teve que ser esvaziada às pressas e foi atingida pelas chamas. Diversas escolas e a Universidade de Los Angeles cancelaram as aulas na quarta.  

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"Estes são dias que quebram nosso coração, mas também mostram a resiliência de nossa cidade", disse nesta quarta o prefeito de Los Angeles, Eric Garcetti, em uma entrevista coletiva.  

Em outubro, uma onda de incêndios atingiu a região norte da Califórnia, deixando mais de duas dezenas de mortos.