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Ponta Grossa – Maurício Kaczmarech, de 41 anos, acompanhou todos os passos do astronauta brasileiro Marcos Pontes no espaço. Auxiliado por maquetes da nave Soyuz, globo terrestre e o gosto pela astronomia, Kaczmarech fala dos trajetos e velocidades da Soyuz e das situações provavelmente vividas por Pontes e seus companheiros como se estivesse ao lado do primeiro astronauta brasileiro. Pelos cálculos do paranaense, havia risco de a cápsula com os astronautas cair a até 400 quilômetros do local previsto.

O astrônomo amador é formado em Geografia e trabalha no setor administrativo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Sua coleção de peças relacionadas ao tema ocupa caixas e mais caixas dentro do seu quarto. O material é acionado em palestras ministradas em escolas ou em encontros estaduais e internacionais de astronomia.

Kaczmarech é um daqueles apaixonados pelo espaço, que colecionam fragmentos de foguetes, selos comemorativos, bottons e todo tipo de coisa relacionada ao assunto. Ele tem até o nome gravado em um CD que neste momento deve estar em Marte, enviado em 2004.

Entre a coleção, o xodó é um pôster emoldurado com um pedaço de aproximadamente 10 centímetros de uma Soyuz igual a que levou Pontes para a Estação Espacial Internacional. A relíquia é de 1979, afirma. Kaczmarech conta que comprou a peça por US$ 28,00 de um norte-americano que a teria coletado na Austrália.

Sonho

O sonho do astrônomo amador é que pedaços da Soyuz de Pontes caiam no Paraná, mais especificamente em Ponta Grossa, o que é praticamente impossível. Segundo o geógrafo, a nave começou a cair mais ou menos em cima da África, seguindo um trajeto circular. Os pedaços que se desprenderam da cápsula com os astronautas provavelmente estão em regiões desertas da Ásia e do Leste Europeu.

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