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Atentado

Índia ainda investiga ataques a Mumbai, e vê suspeita no Paquistão

A Índia não esgotou as opções diplomáticas na tentativa de levar à Justiça os homens que planejaram os ataques de Mumbai, disse neste sábado o ministro das Relações Exteriores do país.

"Não chegamos ao fim do caminho", afirmou Pranab Mukherjee ao canal de televisão CNN-IBN.

Mas ele também disse que a Índia tem evidências o suficiente para embasar um comunicado feito pelo primeiro-ministro Manmohan Singh nesta semana, de que "agências oficiais" do Paquistão estavam envolvidas nos ataques de novembro, nos quais dez homens armados mataram 179 pessoas.

"Temos informações adequadas e evidências circunstanciais", afirmou Mukherjee ao jornal The Statesman. Ele declarou ainda que a "magnitude, ferocidade e profundidade" do plano mostraram que ele foi bem-armado.

"E às vezes se torna difícil acreditar que tal preparação está ocorrendo em um pedaço de terra onde há um governo, um governo civil, e que ele esteja totalmente alheio a isso", acrescentou o ministro das Relações Exteriores.

O Paquistão nega as acusações da Índia.

O primeiro-ministro paquistanês Yousaf Raza Gilani reiterou neste sábado uma oferta de que o Paquistão irá cooperar com as investigações, mas afirmou que suas forças estão prontas para defender o país.

"No que diz respeito ao Paquistão, estamos preparados para uma cooperação total com eles, incluindo Inteligência. Mas não queremos que desmoralizem ou ridicularizem o Paquistão por meio da imprensa ou da diplomacia", disse ele em Karachi. "O Paquistão é forte. Sua defesa é forte. Temos um Exército altamente profissional e não há motivos para nos sentirmos ameaçados."

Os ataques de Mumbai renovaram as tensões entre as duas nações, que possuem armas nucleares e que travam guerras desde 1947, causando especulações na imprensa de que a Índia poderia realizar ataques contra campos militantes dentro do Paquistão.

Mukherjee se negou a comentar quais são as opções da Índia, mas, ao responder a uma questão sobre se o país considerava a possibilidade de realizar ataques comparáveis ao de Israel à Faixa de Gaza, ele afirmou que os dois assuntos não podem ser comparados.

"Não ocupei o território paquistanês. Já Israel, sim. Então, como a situação pode ser comparada?", disse, durante entrevista na TV.

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