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A Índia disse neste sábado que iria considerar reduzir o esquema de segurança na disputada Caxemira, para acalmar os protestos que já duram meses contra a administração indiana na região, nos quais mais de cem pessoas morreram, a maioria pela polícia.

O ministro do Interior, Palaniappan Chidambaram, afirmou que o governo anunciaria logo uma equipe para iniciar um diálogo na Caxemira, que também envolveria os partidos políticos, e que todos os manifestantes presos por atirar pedras seriam libertados.

O pacote conciliatório incluiria indenização para as famílias dos mortos e a promessa de revisão da lei que dá às forças de segurança poderes para revistar, prender e atirar.

"Vamos pedir ao governo do estado para imediatamente organizar uma reunião das forças de segurança e para rever o emprego de forças no vale da Caxemira, em especial em Srinagar," declarou o ministro Chidambaram à imprensa, depois de uma reunião do gabinete indiano.

Único estado indiano com maioria muçulmana, cujo controle é reivindicado pelo Paquistão, a Caxemira tem sido há meses um lugar de greves, protestos e toques de recolher. Escolas e lojas permanecem fechadas, e estradas, desertas,

Críticos têm até agora atacado o premiê Manmohan Singh por não levar a sério as maiores manifestações pela independência em duas décadas. O novo plano marcaria, assim, uma mudança drástica na posição do governo.

"Esse pode ser o início de um processo para a construção de confiança, já que medidas como libertação de pesos e redução de esquema de segurança vão repercutir junto às pessoas comuns," afirmou Siddharth Varadarajan, editor do jornal The Hindu.

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