O telegrama, uma forma popular de comunicação na Índia, deixará de existir no país asiático após a última mensagem que será enviada neste sábado (15), informou a imprensa local.

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Após 163 anos de existência na Índia, o telegrama sucumbiu diante das novas tecnologias e o governo decidiu acabar com o serviço.

"É economicamente inviável continuar o serviço pela popularidade dos telefones celulares, e-mail, as mensagens instantâneas e o chat", explicou a companhia estatal de telecomunicações BSNL à emissora de televisão "NDTV".

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O telegrama chegou à Índia em 1850, seis anos depois que Samuel Morse enviou a primeira mensagem, pelas mãos da Companhia Britânica das Indianas Orientais com a instalação de uma linha entre Calcutá e a Baía dos Diamantes.

Em três anos, cerca de 6 mil quilômetros de linhas telegráficas ligaram Calcutá, Peshawar - hoje no Paquistão -, Mumbai, Chennai, Ooti e Bangalore, o que tornou este meio de comunicação em um instrumento básico dos colonizadores britânicos.

Esta tecnologia do século XIX continuou sendo popular no século XX, devido às dificuldades para se obter uma linha de telefone, que em algumas ocasiões podia significar uma espera de vários anos no país asiático.

Em 1985, quando o serviço ainda estava em pleno vapor, foram enviados 60 milhões de telegramas na Índia de 45 mil agências, que hoje diminuíram seu número para 75 estabelecimentos.

O serviço chegou a contar com 12.500 funcionários, que hoje foram reduzidos para 998 pessoas, que nos próximos três meses serão transferidos para o ramo de telefonia celular da companhia BSNL.

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Apesar do uso deste meio de comunicação ter diminuído com as novas tecnologias, ele ainda é necessário em algumas partes da Índia.

"Há lugares em que a telefonia celular não chega. Como Siachen (geleira situada no Himalaia), onde os soldados se comunicam com suas famílias através dos telegramas", disse Satish Kumar, funcionário de uma agência de telegramas de Nova Délhi à "NDTV".

"Além disso, o recrutamento militar também é feito por telegramas", afirmou Kumar.