Milhões de indianos celebraram nesta quarta-feira (15) o Dia da Independência em um ambiente de calma e com um amplo desdobramento de segurança na capital, Nova Délhi, onde o primeiro-ministro Manmohan Singh pediu esforço na luta contra a pobreza.
"Este é um dia para celebrar o êxito de nossa democracia, mas também devemos refletir. Só alcançaremos a independência de verdade quando acabarmos com a pobreza, o analfabetismo, a fome e o atraso", avaliou Singh em seu discurso anual.
Singh, de 79 anos, visitou durante a manhã o memorial onde foi cremado Mahatma Gandhi após seu assassinato, em 1948, e depois se deslocou ao Forte Vermelho, uma fortaleza localizada no centro da capital indiana, para pronunciar seu tradicional discurso.
Neste local, cumprimentou a guarda de honra e gritou as palavras "Jai Hind!" ("Viva a Índia!") diante de centenas de crianças enquanto milhares de balões de gás com as cores da bandeira nacional ganhavam o céu.
Nos últimos 65 anos, os diferentes líderes indianos foram incapazes de proporcionar um nível de vida digno a seus cidadãos, e, embora na última década as taxas de crescimento tenham aumentado consideravelmente, o país parece estar perdendo fôlego devido à crise internacional.
Além disso, a Índia tem relações conturbadas com a maioria de seus vizinhos e sofre tensões internas relacionadas às diferenças religiosas, regionais, de idioma e casta.
No plano político, a atenção do país esteve voltada nos últimos meses para os fortes protestos civis contra a corrupção, que o primeiro-ministro prometeu reduzir com "novos esforços de transparência e responsabilidade".
Seguindo a tradição, as crianças indianas festejaram o Dia da Independência - obtida do Império Britânico em 1947 - soltando pipas coloridas.
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