O ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar| Foto: EFE/EPA/HIRO KOMAE / POOL
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O ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, pediu ao chanceler iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, que permita o contato e liberte os 17 tripulantes indianos a bordo do navio "ligado a Israel" capturado pelo Irã no golfo Pérsico.

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Jaishankar conversou por telefone com Amir-Abdollahian na noite deste domingo (14) para levantar a questão de que "essas pessoas deveriam ser libertadas e não detidas", disse o ministro indiano em entrevista coletiva nesta segunda-feira (15)

"Quero que a equipe da nossa Embaixada vá até lá e encontre essas pessoas. Esse seria meu primeiro ponto de satisfação. Em segundo lugar, eu gostaria de pressionar pelo retorno dessas pessoas à Índia o mais rápido possível", insistiu o ministro indiano.

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Em resposta, Amir-Abdollahian garantiu que "providências serão tomadas em breve para que representantes do governo indiano se encontrem com os membros da tripulação do navio em questão", declarou o Ministério das Relações Exteriores do Irã em comunicado.

A Guarda Revolucionária do Irã capturou no último sábado (13) um cargueiro associado a Israel no golfo Pérsico, que segundo a agência iraniana Tasnim seria o MSC ARIES, de bandeira portuguesa e ligado à empresa Zodiac Maritime, de propriedade de Israel.

De acordo com o governo português, além dos 17 indianos, no navio de carga há paquistaneses, um russo e um cidadão europeu, que seria da Estônia.

O enviado iraniano ao Paquistão, Reza Amiri Moghadam, garantiu em uma declaração ao veículo paquistanês Geo News que estavam aguardando a confirmação da presença de cidadãos paquistaneses no navio e que eles seriam liberados.

Israel, por sua vez, confirmou a captura do navio de carga e pediu à União Europeia (UE) que declarasse a Guarda Revolucionária do Irã como uma organização terrorista.

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A captura aumentou ainda mais as tensões no Oriente Médio, uma região já em alerta por causa da recente retaliação de Teerã contra Israel pelo ataque, atribuído aos israelenses, à Embaixada iraniana em Damasco em 1º de abril, no qual sete integrantes da Guarda Revolucionária e seis sírios foram mortos.

Israel diz estar em "alerta máximo" para se proteger de "novas agressões iranianas", reiterou o porta-voz militar israelense, contra-almirante Daniel Hagari, em comunicado.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]