A polícia indiana começou neste sábado a procurar pelos rebeldes maoístas responsabilizados por sabotar um trem de passageiros lotado, enquanto equipes de resgate ainda tiram corpos das ferragens.
O trem de passageiros descarrilou no leste da Índia e bateu em um trem de carga na sexta-feira, matando 98 pessoas e ferindo pelo menos 200. O número geral de mortos ainda deve subir.
"Identificamos as pessoas que estão por trás do incidente. São maoístas e estamos tentando localizá-los e trazê-los à Justiça", afirmou Manoj Verma, uma importante autoridade policial.
O local do acidente fica no Estado de Bengala Ocidental, um reduto maoísta. A polícia disse que cerca de 150 rebeldes estiveram na região nos últimos dias.
O primeiro-ministro Manmohan Singh descreveu a insurgência maoísta como o maior desafio interno de segurança da Índia. Os maoístas, que dizem estar lutando pelos direitos dos pobres e dos sem terra, têm o objetivo de derrubar o governo. Eles intensificaram os ataques nos últimos meses. Mais de 1.000 ataques foram registrados no ano passado, com a morte de 600 pessoas.
Os maoístas têm cerca de 20 mil combatentes e regularmente atacam ferrovias e fábricas com o objetivo de enfraquecer a atividade econômica.
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