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A Índia apostou nesta terça-feira por manter seu calendário de encontros com a China, apesar deste último ter cancelado a rodada de conversas sobre fronteiras devido a participação do dalai lama em um encontro budista em Nova Délhi.

O ministro das Relações Exteriores indiano, S. M. Krishna, disse à agência "Ians" que a Índia espera que o diálogo bilateral sobre Defesa, previsto para Nova Délhi entre os dias 8 e 9 de dezembro, se mantenha no calendário.

Na abertura do diálogo anual está previsto que se reúnam o secretário indiano da pasta, Shashikant Sharma, e o "número dois" do Estado-Maior chinês, Ma Xiaotian, que também vai visitar o titular de Defesa indiano, A.K. Antony.

A China anunciou na segunda-feira sua decisão de adiar a 15ª reunião com a Índia sobre seu conflito na fronteira, prevista para ontem e esta terça, pela realização de um congresso do budismo tibetano em Nova Délhi, organizado pelo dalai lama.

"Eu gostaria de destacar que o dalai lama não é puramente uma figura religiosa, mas alguém que esteve comprometido com atividades separatistas durante muito tempo", assinalou na segunda-feira o porta voz de turno da Chancelaria chinesa, Hong Lei.

O status do dalai lama, refugiado desde 1959 na Índia, após a ocupação chinesa do Tibete, continua sendo um dos principais pontos de atrito entre os dois gigantes asiáticos que mantêm a disputa pela fronteira há décadas.

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