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Assassinato de separatista

Índia suspende vistos para canadenses em meio à crise diplomática

Desde as acusações do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, na segunda-feira (19), as relações diplomáticas entre Índia e Canadá estão estremecidas (Foto: )

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O Ministério das Relações Exteriores da Índia decidiu nesta quinta-feira (21) suspender a emissão de vistos para canadenses “até novo aviso” devido a “ameaças à segurança” contra diplomatas indianos.

"Vocês estão cientes das ameaças à segurança que enfrenta nossa embaixada e consulados no Canadá. Isso interrompeu nossa relação com o país, portanto, a embaixada e os consulados não podem processar pedidos de visto", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores indiano, Arindam Bachi.

As autoridades indianas irão analisar a situação “de forma regular”, disse, sem indicar quando o serviço será retomado. Segundo a empresa BLS International, responsável do governo indiano pela gestão do serviço de vistos, a suspensão entrou em vigor hoje.

Nova Delhi e Ottawa estremeceram as relações após o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, ter acusado esta semana a Índia de envolvimento na morte em território canadense de Hardeep Singh Nijjar, um cidadão de origem indiana.

As autoridades indianas, que consideram a versão canadense como absurda, acusaram Nijjar de liderar um grupo separatista que buscava a criação da nação independente de Khalistan para a minoria Sikh no estado de Punjab, no norte do país.

O Canadá acompanhou as acusações com a expulsão de um alto diplomata indiano, medida copiada na última terça (19) por Nova Delhi quando ordenou a saída do país asiático de um membro da embaixada canadense.

Nesta quarta-feira (20), a Índia também apelou aos seus cidadãos no Canadá para serem cautelosos, dadas as atividades “crescentes” contra o país asiático.

Mas o atrito entre os dois países é anterior às declarações de Trudeau. Nova Delhi acusou repetidamente o Canadá de permitir a presença de pessoas que ameaçam sua integridade territorial.

O Canadá, que tem 770 mil seguidores da religião Sikh entre os seus 1,8 milhão de habitantes de origem indiana, defende o direito à liberdade de expressão e de manifestação pacífica.

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