Investigação
Polícia teria demorado para socorrer vítima de estupro coletivo
Folhapress
O namorado da universitária indiana de 23 anos que morreu depois de sofrer um estupro coletivo, em Nova Délhi, falou ontem pela primeira vez sobre o caso. Ele também foi espancado e atirado do ônibus ainda em movimento pelos seis homens que estupraram a garota, inclusive com uma barra de ferro.
O rapaz, um engenheiro informático de 28 anos cuja identidade é mantida sob sigilo, afirmou em uma entrevista à rede Zee News que os policiais e pedestres levaram quase uma hora para prestar algum tipo de auxílio aos dois, que estavam nus, no meio da rua.
"Ficamos gritando para a polícia: por favor, nos deem algumas roupas, mas eles demoraram para decidir em qual delegacia nosso caso deveria ser registrado", disse o sobrevivente.
Ele disse também que o casal embarcou e pagou pelas passagens, antes de os homens atacarem o ônibus tinha os vidros escurecidos. O grupo o espancou, antes de atacar a menina. "Nós tentamos resistir. Ela lutou com eles (...). Ela tentou ligar para a sala de controle da polícia, (...) mas eles arrancaram o celular dela."
Um político indiano do Estado de Assam foi agredido por moradores de um vilarejo após ser acusado por um homem de tentar estuprar a mulher dele. Bikrmasingh Brahma, do partido Congresso Nacional Indiano, foi entregue à polícia na quinta-feira e, de acordo com informações da BBC, foi suspenso do partido. Emissoras de tevê indianas levaram ao ar imagens da agressão ao acusado.
O crime teria ocorrido na casa da vítima, em Salbari, no distrito de Chirang, na noite da última quarta-feira, segundo o jornal indiano Times of India. Um policial disse à agência de notícias Associated Press que vizinhos capturaram o acusado, depois de ouvirem os gritos da vítima.
Agressão
Na tevê, o político apareceu nas ruas, de dia, cercado de homens e mulheres que o agrediam. Ele teve a camisa arrancada, e a face e braços estapeados.
Brahma ainda não foi formalmente preso, mas está sob custódia policial. O ministro-chefe do Estado de Assam, Taruno Gogoi, disse que a ação de Brahma foi condenável e que o político deve ser punido. A suspeita é a de que Brahma abusasse sexualmente da mulher há alguns meses e que ela, em troca, receberia benefícios do governo.
Pressão
No último mês, cresceu a pressão por ações mais severas contra os crimes de estupro na Índia. No dia 16 de dezembro, seis homens estupraram uma estudante que não teve o nome divulgado dentro de um ônibus, em Nova Délhi. Ela morreu no dia 28 de dezembro, em função dos ferimentos, em um hospital em Cingapura.
O governo instaurou um comitê coordenado por um juiz aposentado da Suprema Corte para discutir e recomendar mudanças na lei de punição contra crimes sexuais.
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