A direção do Banco Mundial escolheu Jim Yong Kim, indicado pelos Estados Unidos, para presidir a entidade a partir de 1.º de julho, em sucessão ao norte-americano Robert Zoellick.
Apesar de os EUA terem mantido sob seu controle um cargo exercido por indicações norte-americanas há sete décadas, esta foi a primeira vez que outros países apresentaram candidatos para desafiar a hegemonia de Washington no Banco Mundial.
A candidatura de Kim foi desafiada pela ministra das Finanças da Nigéria, Ngozi Okonjo-Iweala, e pelo ex-ministro colombiano das Finanças Jose Antonio Ocampo.
O fato de Kim ser médico de carreira alimentou críticas de especialistas em desenvolvimento e de potências emergentes como o Brasil, para os quais a nigeriana seria a pessoa mais qualificada para ocupar o cargo.
Pouco depois da confirmação de Kim como próximo presidente do Banco Mundial, o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, elogiou a decisão e defendeu que a entidade será beneficiada pela "nova perspectiva e pela forte liderança" do escolhido.
Nascido na Coreia do Sul e criado no estado norte-americano de Iowa, Kim tem 52 anos, atua como reitor de Dartmouth desde 2009, é médico de formação e uma figura proeminente nas questões de saúde global e de desenvolvimento. A indicação de Kim pela Casa Branca surpreendeu pelo fato de, normalmente, os indicados terem experiência política ou financeira.