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Indicado para a CIA defende os drones

Assessor da Casa Branca para contraterrorismo, John Brennan assume seu lugar para participar da sabatina da Comissão de Inteligência do Senado, sofrendo várias críticas | Jason Reed/Reuters
Assessor da Casa Branca para contraterrorismo, John Brennan assume seu lugar para participar da sabatina da Comissão de Inteligência do Senado, sofrendo várias críticas (Foto: Jason Reed/Reuters)
Manifestantes do grupo Code Pink criticam o uso de drones |

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Manifestantes do grupo Code Pink criticam o uso de drones

Escombros resultados de um ataque de drone, no Iêmen |

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Escombros resultados de um ataque de drone, no Iêmen

Insistindo em que o governo dos EUA só autoriza o uso de drones "para salvar vidas", o indicado do presidente Barack Obama para comandar a principal agência de inteligência do país, a CIA, se comprometeu ontem com o Senado a rever regras e investigar se há falhas sistêmicas nas operações.

Os drones – robôs aéreos pilotados à distância que os EUA usam para matar suspeitos de terrorismo em países como Paquistão e Iêmen – foram o foco da sabatina de John Brennan pela Comissão de Inteligência do Senado, com críticas e questões duras de republicanos e democratas. Foram também alvo de um pequeno grupo de manifestantes do grupo Code Pink, que interromperam a sessão aos gritos de "drones voam, crianças morrem".

"Se for [aprovado] para a CIA, revisaria isso imediatamente e investigaria se há falhas sistêmicas", respondeu Brennan, hoje assessor da Casa Branca para contraterrorismo, ao ser confrontado pelo senador Saxby Chabliss com um relatório citando erros.

A copresidente da comissão ao lado de Chabliss, a democrata Diane Feinstein, defendeu em seus comentários a criação de um tribunal especial para avaliar as diretrizes sobre o uso de drones.

Embora não tenha apoiado a criação da corte extraordinária, Brennan afirmou que as regras de operação deveriam ser mais claras e, sobretudo, mais bem comunicadas ao público americano.

O escolhido de Obama também admitiu que o governo precisa se manifestar quando mata civis nas operações com drones – especialistas estimam que 12% das mortes sejam de civis.

"Temos de otimizar a transparência sobre esses problemas", afirmou. "Mas também devemos otimizar o sigilo sobre as ações secretas. Não são coisas incompatíveis."

A resposta paradoxal veio depois de Brennan ser questionado sobre informações sobre operações com drones que vazaram na imprensa – outro assunto de especial interesse da comissão.

O New York Times publicou reportagem sobre uma base secreta de drones mantida pelos EUA na Arábia Saudita, e a rede de tevê NBC levou ao ar um memorando sigiloso que defende a autoridade do presidente para ordenar a morte de civis, caso julgue que eles ameaçam o país.

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