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Nicholas Burns, nomeado por Biden para a embaixada americana na China, em imagem de 2017
Nicholas Burns, nomeado por Biden para a embaixada americana na China, em imagem de 2017| Foto: EFE/Sergio Barrenechea

Durante sua audiência de confirmação perante o Comitê de Relações Exteriores do Senado americano, o indicado pelo presidente Joe Biden para assumir o cargo de embaixador na China acusou Pequim de “bloquear” à comunidade internacional informações sobre as origens da Covid-19.

“Precisamos pressionar os chineses a esclarecer o que aconteceu”, disse Nicholas Burns, na audiência realizada nesta quarta-feira (20).

Burns, que é diplomata de carreira e ex-embaixador americano na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), também afirmou que os Estados Unidos devem responsabilizar a China por não seguir as regras de comércio e investimento, ao roubar propriedade intelectual e adotar subsídios estatais, dumping de mercadorias e práticas trabalhistas injustas. “Essas ações prejudicam as empresas e os trabalhadores americanos”, alegou.

Burns acrescentou que o governo americano deve buscar canais de comunicação com Pequim para que haja paz na região do Indo-Pacífico, mas ressaltou que as hostilidades têm partido da China e não de seus vizinhos.

“Pequim tem sido a agressora contra a Índia ao longo de sua fronteira com o Himalaia, contra o Vietnã, as Filipinas e outros no Mar da China Meridional, contra o Japão no Mar da China Oriental, e lançou uma campanha de intimidação contra a Austrália e a Lituânia. O genocídio praticado pela China em Xinjiang (território autônomo no noroeste do país) e os abusos no Tibete, o sufocamento da autonomia e das liberdades em Hong Kong e a intimidação de Taiwan são injustos e devem parar”, denunciou.

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