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O republicano Matt Gaetz, que havia sido indicado pelo presidente eleito Donald Trump para ser o procurador-geral dos Estados Unidos a partir de janeiro, anunciou nesta quinta-feira (21) que desistiu de tentar ser confirmado pelo Congresso americano para o cargo.
“[...] ficou claro que a minha confirmação estava injustamente se tornando uma distração para o trabalho fundamental da [equipe de] transição Trump/Vance. Não há tempo a perder em uma briga desnecessariamente prolongada em Washington, portanto, retirarei meu nome da consideração para servir como procurador-geral. O DOJ [Departamento de Justiça, na sigla em inglês] de Trump deve estar no lugar e pronto no primeiro dia”, escreveu Gaetz no X.
“Continuo totalmente comprometido em ver Donald J. Trump como o presidente mais bem-sucedido da história. Serei eternamente honrado que o presidente Trump me tenha nomeado para liderar o Departamento de Justiça e tenho certeza de que ele salvará a América”, acrescentou o ex-deputado.
A decisão é anunciada um dia depois de republicanos no Comitê de Ética da Câmara dos Estados Unidos terem barrado a divulgação do relatório de uma investigação contra Gaetz por suspeita de ter mantido relações sexuais com uma menor de idade.
O documento deveria ter sido publicado na semana passada, mas sua divulgação foi cancelada após Gaetz ter renunciado ao seu mandato como deputado para assumir o Departamento de Justiça.
Mesmo assim, os democratas e até alguns senadores republicanos vinham cobrando para que o relatório da Câmara fosse divulgado, o que tornava incertas as chances de a indicação de Gaetz ser aprovada no Senado americano. Ele chegou a se reunir com senadores do seu partido na quarta-feira (20) para fazer campanha pela sua confirmação.
Na rede Truth Social, Trump agradeceu a Gaetz. “Ele estava indo muito bem, mas, ao mesmo tempo, não queria ser uma distração para a nossa administração, pela qual ele tem muito respeito. Matt tem um futuro maravilhoso e estou ansioso para assistir a todas as grandes coisas que ele fará!”, escreveu o presidente eleito em um post na sua rede social.