O índice de aprovação de George W. Bush é o mais baixo para qualquer presidente americano desde a administração de Richard Nixon em 1974, de acordo com uma pesquisa do jornal "Washington Post" e da rede de TV ABC News. Os resultados, divulgados na noite de segunda-feira, mostram que 65% dos entrevistados desaprovam o modo como Bush conduz seu governo, contra apenas 33% que dão sinal verde à política do chefe de Washington. Nixon chegou a ter o aval de apenas 26% dos americanos, ficando somente à frente de Harry Truman (23%), em 1952, por causa da Guerra da Coréia e da demissão do general Douglas MacArthur.
A pesquisa põe mais pressão sobre Bush, que fará na noite desta terça-feira o discurso sobre o "Estado da União" , no qual defenderá diante do Congresso seu plano de aumento do efetivo militar americano no Iraque e propostas para enfrentar o aquecimento global.
Esta será a primeira vez em que o presidente fará seu pronunciamento diante de um Congresso dominado pelo Partido Democrata. E, frente a esse cenário, Bush deve pedir por maior cooperação com seus adversários.
"Vou lembrar o Congresso da necessidade de mostrarmos ao povo americano que somos capazes de realizar grandes feitos", disse o presidente ao jornal "USA Today", em uma entrevista publicada na segunda-feira.
Bush disse que falará sobre a estratégia para o Iraque, encarada com desconfiança pelos congressistas, muitos dos quais preparam resoluções sem força de lei contra a medida.
"Certamente, há muitas dúvidas, tanto do lado dos republicanos quanto do lado dos democratas. E a melhor forma de convencê-los de que isso faz sentido é implementar isso e mostrar que isso funciona'', afirmou o presidente.
O mandatário deve defender essa estratégia argumentando que se trata de um passo fundamental na "guerra contra o terrorismo'' ampliada, mas deve tratar também de outros assuntos importantes, em vez de se limitar apenas a apresentar uma série de idéias.
Durante os 50 minutos de discurso, Bush abordará a importância de romper o impasse legislativo em torno de um plano de imigração capaz de abrir caminho para regularizar a situação de 12 milhões de imigrantes ilegais.
A respeito da saúde pública, Bush proporá um plano que pode aumentar os impostos para os 30 milhões de americanos que hoje pagam pelos planos de saúde mais caros do país.
O presidente evitou, durante seu governo, aumentar os impostos e criticou os democratas que sugeriram medidas do tipo.
Mas a Casa Branca admitiu na segunda-feira que sua proposta de tornar os planos de saúde mais acessíveis a uma fatia maior da população do país significaria "que algumas pessoas terão de pagar mais pelo atendimento médico''.
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