O papa Francisco denunciou, neste sábado, o que chamou de “pecado moderno” da indiferença com a fome, a exploração e outros sofrimentos, enquanto elogiava o exemplo de Madre Teresa de Calcutá, na véspera de uma cerimônia de canonização para a freira que cuidou dos excluídos na Índia.
“Amanhã, teremos a alegria de ver a Madre Teresa proclamada santa”, disse Francisco a milhares de voluntários leigos na Praça de São Pedro, em uma reunião especial para sublinhar a necessidade de mais misericórdia e de cuidar do mundo. “Ela merece!”.
Em seu discurso aos voluntários, incluindo alguns que ajudaram a resgatar sobreviventes do terremoto de 24 de agosto no centro da Itália, Francisco denunciou aqueles que “tomam o caminho oposto para não ver as muitas formas de pobreza que imploram por misericórdia”. Elas escolhem “não ver a fome, a doença, pessoas exploradas, este é um pecado grave. É também um pecado moderno, um pecado de hoje”, completou.
O Papa Francisco saudou os voluntários como “artesãos de misericórdia, cujas mãos, vozes, proximidade e carícias ajudar as pessoas que sofrem a sentirem-se amadas”. Na praça, ele acariciou Leo, o cão labrador que identificou uma criança de 4 anos de idade que tinha sobrevivido em uma pilha de escombros durante o terremoto.
O papa celebrará, neste domingo, a cerimônia de canonização na Praça de São Pedro, no Vaticano, que deve atrair grandes multidões de fiéis e outros admiradores de Madre Teresa, fundadora de uma ordem de freiras dedicadas, como ela, a dar carinho e assistência aos pobres que estavam doentes e morrendo nas ruas de Calcutá.
Muitas das presentes no discurso de Francisco neste sábado fazem parte da Ordem das Missionárias da Caridade, todas vestindo o sari branco com detalhes característicos em azul. O papa cumprimentou um grupo destas freiras enquanto foi conduzido pela praça em seu papamóvel, e uma das freiras colocou uma guirlanda azul e branca em torno de seu pescoço.
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