El Alto Com oferendas de coca, doces e incenso, anciões aimarás agradeceram ontem aos espíritos e à Mãe Terra pela decisão do "hermano" Evo Morales de nacionalizar os recursos petrolíferos da Bolívia, o país mais pobre da América do Sul.
A celebração, defronte a uma enorme cruz de pedra em uma área semi-urbanizada de El Alto (cidade vizinha a La Paz), pareceu resumir o apoio que os bolivianos confiaram ao decreto firmado na segunda-feira pelo presidente Morales, devolvendo os recursos energéticos às mãos do Estado.
"Obrigado, Pachamama (Mãe Terra) pela nacionalização, que vá tudo bem para o nosso irmão Evo", disse o amauta (ancião) Agustín Fernández, com as mãos sobre uma fogueira e junto a três meses de oferendas enfeitadas com fios de lã colorida e ervas medicinais.
A nacionalização do gás motivou protestos em 2003 em El Alto que derrubaram o presidente neoliberal Gonzalo Sánchez de Lozada. "Isso trará prosperidade para o nosso povo", afirmou Fernández, brindando com cerveja com os amautas Justo Cruz e Eloy Chávez, diante do olhar atento de cerca de 20 outros dirigentes indígenas.
Morales, dirigente cocaleiro de origem aimará, venceu as eleições de dezembro com promessas de nacionalizar o gás e o petróleo, a fim de combater a pobreza. Os amautas aproveitaram a Festa da Cruz, uma celebração católica dos aimarás que coincide com antigos ritos em homenagem ao Cruzeiro do Sul, para agradecer pela nacionalização.
Ministros da Primeira Turma do STF que devem julgar Bolsonaro têm atritos com ex-presidente
Supremo dos EUA rejeita bloqueio de Trump a US$ 2 bilhões em ajuda externa
Governo Trump diz que restabelecerá ajuda à Ucrânia se negociações de paz avançarem
Transparência Internacional cita Toffoli na OEA ao relatar desmonte do combate à corrupção