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6,5 graus

Indonésia faz apelo por ajuda após terremoto que matou mais de 100 pessoas

 | CHAIDEER MAHYUDDIN/AFP
(Foto: CHAIDEER MAHYUDDIN/AFP)

As autoridades indonésias fizeram um apelo urgente de ajuda nesta quinta-feira (8) para atender os feridos e os desabrigados, um dia depois do terremoto de 6,5 graus que deixou mais de 100 mortos, ao mesmo tempo que as equipes de resgate ainda tentam encontrar sobreviventes.

O tremor de 6,5 graus provocou muita destruição por ter acontecido a baixa profundidade. Casas, mesquitas e lojas desabaram em toda a província de Aceh, no extremo norte da ilha de Sumatra.

As equipes de resgate trabalhavam nos escombros para tentar captar qualquer movimento, mas a cada hora diminuem as possibilidades de encontrar sobreviventes. Sutopo Purwo Nugroho, porta-voz da agência nacional de emergências, informou que o balanço da tragédia subiu a 102 mortos.

O presidente do país, Joko Widodo, pediu a todos os indonésios que rezem pelos moradores da região afetada. “Aceh não está sozinha”, escreveu no Twitter. As atenções estão voltadas agora para a assistência aos feridos e desabrigados.

Em Meureudu, uma das localidades mais afetadas, o exército instalou cozinhas, abrigos e um hospital de campanha, informou à AFP o comandante militar de Aceh, Tatang Sulaiman. “Hoje nossa prioridade é revisar todos os edifícios para garantir que não há mais vítimas presas e ajudar os refugiados”, disse.

Mas as autoridades alertaram para a escassez de material médico e outros produtos de primeira necessidade. Também destacaram que os hospitais da região estão à beira do colapso. Mais de 700 pessoas ficaram feridas no terremoto, muitas delas com gravidade, segundo a agência nacional para emergências.

Said Mulyadi, administrador adjunto do distrito de Pidie Jaya, afirmou que a região precisa desesperadamente de remédios, material e funcionários para atender os feridos. “Precisamos de cirurgiões e traumatologistas porque muitas vítimas têm fraturas”, disse à AFP.

Várias vítimas da tragédia passaram a noite a céu aberto, porque não tinham condições de retornar para casa ou por medo de tremores secundários na região, que já foi afetada muitas vezes por terremotos e tsunamis.

A ajuda humanitária começa a chegar à zona devastada, mas Puteh Manaf, que administra a emergência, disse à AFP que ainda é pouco para as quase 4 mil pessoas que estão em abrigos provisórios. “Na verdade precisam de comida, água limpa, medicamentos e cobertores”, declarou.

O tremor de quarta-feira (7) provocou pânico nas áreas costeiras, uma consequência do trauma provocado pelo tsunami de 2004, que deixou mais de 170 mil mortos na Indonésia e dezenas de milhares em outros países do Oceano Índico.

A Indonésia fica no “círculo de fogo do Pacífico”, um alinhamento de vulcões que ficam nos limites de placas tectônicas e falhas sísmicas. Em junho, um terremoto de 6,5 graus abalou a parte oeste de Sumatra. Oito pessoas ficaram feridas e vários edifícios registraram danos.

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