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Pena de morte

Indonésia nega perdão a brasileiro

Jacarta (AFP/EFE) – O presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, rejeitou o pedido de clemência feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, um instrutor de vôo livre de 42 anos, não seja executado por tráfico de drogas. "O presidente rejeitou a medida e o promotor-geral tem a competência para ordenar a execução", informou o ministro da Justiça da Indonésia, Yusril Ihza Mahendra, à imprensa na terça-feira, em Jacarta.

Moreira foi condenado à morte por um tribunal indonésio em junho de 2004, ao ser declarado culpado por tentar entrar no país com 13,4 kg de cocaína escondidos em seu equipamento de asa delta, em agosto de 2003. Agentes de segurança do aeroporto internacional de Jacarta suspeitaram de que ele escondia a droga por causa do peso da armação. O brasileiro conseguiu fugir depois de fingir que iria apanhar um formulário da alfândega, mas foi preso duas semanas depois.

As primeiras apelações à Justiça indonésia foram rejeitadas pela Suprema Corte em janeiro de 2005. Lula formulou o pedido clemência para Archer no ano passado, argumentando que a execução "causaria enorme choque popular". Depois disso, não houve qualquer outra comunicação do governo brasileiro, disse Mahendra.

A Indonésia tem uma legislação muito severa com os delitos de tráfico de entorpecentes, que prevê pena de morte para os casos mais graves. A maior parte das aproximadamente 30 pessoas que esperam no corredor da morte no país foi condenada por narcotráfico. Além de Archer, o grupo inclui outro brasileiro, o paranaense Rodrigo Gularte, preso em 2004 (veja ao lado).

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