O chefe da agência antidrogas da Indonésia, Budi Waseso, propôs a construção, em uma ilha, de uma prisão cercada por crocodilos para detentos condenados à pena de morte.
Segundo Waseso, os crocodilos são “incorruptíveis” e por isso, em muitos casos, exercem a função de guardas melhor que humanos.
“Não se pode subornar crocodilos. Não se pode convencê-los a deixar detentos escaparem”, disse Waseso, segundo o portal de notícias local Tempo.
“Vamos colocar o máximo de crocodilos que conseguirmos lá. Procurarei o tipo mais feroz de crocodilos.”
As autoridades ainda não determinaram o local nem a previsão de abertura da prisão, cujo projeto está em fases iniciais.
De acordo com o porta-voz da agência antidrogas, Slamet Pribadi, o objetivo de construir uma prisão para detentos no corredor da morte é evitar a mistura de narcotraficantes com detentos comuns a fim de que estes não sejam recrutados para quadrilhas de drogas.
Segundo a mídia local, Waseso sugeriu na semana passada que traficantes detidos ingerissem as drogas que transportavam como forma de “dar um fim” aos narcóticos apreendidos pelas autoridades.
“É melhor que [os traficantes] se livrem [das drogas]. Eles podem comê-las para se arrepender. Suas ações destroem as novas gerações”, disse Waseso.
A Indonésia tem uma das mais duras leis antinarcóticos do mundo e levantou, em 2013, a moratória sobre a pena de morte para traficantes de drogas.
No primeiro semestre, as autoridades do país executaram dois brasileiros acusados de tráfico internacional de drogas. As execuções geraram atritos entre os governos da Indonésia e do Brasil.