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Aumentou o temor de uma epidemia nas regiões atingidas pelo tsunami na Indonésia, cinco dias após as ondas terem matado quase 700 pessoas, com outras milhares acampadas no calor sem energia, nem água limpa. Os refugiados foram abrigados em acampamentos montados nas montanhas sobre a cidade costeira de Pangandaran.

O tsunami de segunda-feira obrigou cerca de 45 mil pessoas numa extensão costeira de 300 Km a deixar suas casas no sul da ilha de Java, a mais populosa da Indonésia. Muitos continuam acampados, porque perderam suas casas. Outros permanecem por temores de serem atingidos por outro tsunami ao voltar.- O risco de contrair doenças existe porque eles estão vivendo numa área aberta, com barracas limitadas e pouca água. Há relatos de infecções respiratórias, mas isso não é grave considerando o fato de que estão vivendo no calor e num local aberto - disse Rustam Pakaya, diretor do centro para crises do Ministério da Saúde.

Segundo ele, não houve registro de casos de diarréia ou de outras doenças contagiosas. As autoridades sanitárias começaram a vacinar a população logo no primeiro dia contra sarampo, tétano e cólera. O tsunami, provocado por um terremoto sob o mar de magnitude 7,7, abalou as praias da costa sem que os moradores recebessem um alerta prévio. Autoridades da força-tarefa que coordena o resgate dizem que morreram 695 pessoas e que outras 278 seguem desaparecidas. Cerca de mil pessoas ficaram feridas.

As pessoas começaram a voltar às suas casas. O tsunami desta semana é mais um numa lista de catástrofes na Indonésia iniciada com o maremoto de 2004 e que continuou com terremotos, erupções vulcânicas, enchentes e uma onda de gripe aviária. A rede de ajuda às vítimas não tem sido capaz de atender todos os necessitados neste grande arquipélago onde vivem 220 milhões de habitantes. O tsunami de 2004 matou 230 mil pessoas no Oceano Índico, a maioria delas na província indonésia de Aceh.

O trabalho de apoio continua no local de um terremoto que matou 5 mil pessoas perto de Yogyakarta, em maio. Em Aceh, continuam os esforços de reconstrução. E a batalha para conter a propagação do vírus da gripe do frango ainda está em andamento. Neste sábado, alguns moradores em Pangandaran separavam seus pertences dos escombros enquanto outros queimavam restos de móveis e coisas que não serão mais utilizadas.

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