O índice de preços ao consumidor (IPC) da Argentina chegou a 160,9% em novembro no acumulado em 12 meses, ao subir 12,8% em relação a outubro, informou nesta quarta-feira (13) o Instituto Nacional de Estatística e Censos do país (Indec).
O aumento mensal mostra uma aceleração em relação à taxa de 8,3% registrada entre setembro e outubro. Já no cômputo apenas dos 11 meses deste ano, a inflação foi de 148,2%.
As previsões mais recentes de institutos privados, coletadas mensalmente pelo Banco Central, apontam que a inflação deste ano será de 185%, o que, se confirmado, será a taxa mais alta desde a hiperinflação de 1989-1990.
No domingo (10), Javier Milei se tornou o novo presidente da Argentina, em substituição ao peronista Alberto Fernández.
Nesta terça-feira (12), o ministro da Economia do novo governo, Luis Caputo, anunciou uma série de medidas, como o cancelamento de licitações para obras públicas, redução dos subsídios à energia e aos transportes e desvalorização cambial, com o dólar passando de cerca de 400 para 800 pesos.
Caputo disse que a gestão Milei busca zerar o déficit fiscal para reduzir a inflação. “Se continuarmos como estamos, caminharemos inevitavelmente para a hiperinflação”, disse o ministro.
“A gênese do nosso problema sempre foi o déficit fiscal. Politicamente, sempre fomos viciados no déficit. O que viemos fazer é o oposto do que sempre foi feito. Viemos resolver este problema na raiz”, afirmou Caputo.
O ministro alertou, entretanto, que as medidas demorarão para surtir feito, e a inflação deve até piorar nos próximos meses.
“Durante alguns meses vamos estar piores do que antes, particularmente em termos de inflação. Digo isso porque, como diz o presidente, é preferível dizer uma verdade incômoda do que uma mentira confortável”, afirmou Caputo. (Com Agência EFE)
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