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O índice de preços ao consumidor na Argentina registrou alta interanual de 58% no último mês de abril, 2,9 pontos percentuais acima da variação registrada em março passado, segundo informou nesta quinta-feira (12) o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
O aumento de 58% é o maior avanço interanual da inflação desde janeiro de 1992, quando o país, então governado por Carlos Menem (1989-1999), estava começando a emergir da hiperinflação.
No quarto mês de 2022, os preços aumentaram 6% em relação a março, uma queda de 0,7 ponto percentual em relação à medição do mês anterior, quando foi registrado o maior aumento mensal dos últimos 20 anos (6,7%).
Os bens tiveram variação positiva de 6,4% em abril em relação a março, enquanto os serviços subiram mais 5,1%, números que somam 60,4% e 51,9%, respectivamente, na comparação anual.
As maiores altas registradas em abril foram nos segmentos de vestuário e calçados (9,9%), hotelaria e restaurantes (7,3%) e serviços de saúde (6,4%).
Em sentido contrário, os setores que apresentaram os menores aumentos foram comunicação, com alta mensal de 3,7%, e bebidas alcoólicas e tabaco, com avanço de 3,3%.
Os preços ao consumidor acumularam alta de 50,9% no ano passado, experimentando uma aceleração em relação aos 36,1% verificados em 2020.
Para este ano, o governo argentino havia projetado inicialmente uma inflação anual de 33%, mas, no acordo de refinanciamento recentemente alcançado pelo Executivo de Alberto Fernández com o Fundo Monetário Internacional (FMI), consta uma projeção de inflação para 2022 de entre 38% e 48%.
No entanto, analistas consultados mensalmente pelo Banco Central da Argentina sustentam que a inflação será de 65,1% este ano e de 50,5% em 2023.