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O Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (Indec) divulgou nesta terça-feira (14) os dados de abril da inflação no país, que pela primeira vez desde que o libertário Javier Milei assumiu a presidência, em 10 de dezembro, ficou em um dígito no patamar mensal. Foi a quarta desaceleração consecutiva.
Segundo o Indec, o índice de preços ao consumidor na Argentina ficou em 8,8% no mês passado em relação a março. No indicador mês a mês, a inflação havia ficado em 11% em março, 13,2% em fevereiro, 20,6% em janeiro e 25,5% em dezembro de 2023, quando Milei promoveu uma forte desvalorização cambial logo após sua posse.
Entretanto, o presidente alegou que nos meses seguintes o índice de preços ao consumidor desaceleraria, o que se confirmou.
No índice acumulado em 12 meses, a inflação argentina ficou em 289,4%, e no acumulado do ano (janeiro a abril), em 65%.
O relatório do Indec apontou que em abril o setor que teve maior variação no mês foi o de habitação, água, luz, gás e outros combustíveis (35,6%), devido aos aumentos nas tarifas de gás, água e eletricidade.
Em seguida vieram comunicações (14,2%), em razão dos aumentos nos serviços de telefonia e internet, e vestuário e calçados (9,6%), devido às variações sazonais.