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Os preços ao consumidor na Argentina registraram uma alta interanual de 64% no último mês de junho, 3,3 pontos percentuais acima da variação registrada em maio, segundo informou nesta quinta-feira (14) o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
No sexto mês do ano, os preços ao consumidor cresceram 5,3% ao mês, acima dos 5,1% registrados em maio, mas ainda bem abaixo das taxas muito elevadas de 6% em abril e 6,7% em março.
Com esses dados, no primeiro semestre do ano a Argentina acumulou uma inflação de 36,2%, beirando a projeção inflacionária que o governo de Alberto Fernández havia previsto para todo o ano de 2022 em seu acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), de entre 38% e 48%, que já não poderá mais cumprir.
Os bens tiveram uma variação positiva de 5,2% no mês passado em relação a maio, enquanto os serviços subiram 5,5%, números que somam 66% e 58,4%, respectivamente, na comparação interanual.
Entre os aumentos registrados, destacaram-se as categorias de saúde (7,4%) e habitação, água, luz, gás e outros combustíveis (6,8%), assim como os preços de bebidas alcoólicas e fumo (6,7%).
Por outro lado, o aumento de alimentos e bebidas não alcoólicas (4,6%) teve a maior incidência em todas as regiões do país vizinho, com destaque para as hortaliças juntamente com as carnes e derivados.
As duas únicas categorias com menor aumento no mês foram comunicação (0,4%) e educação (2%).
O índice de preços ao consumidor no país havia acumulado alta de 50,9% no ano passado, denotando uma aceleração em relação aos 36,1% verificados em 2020.
O próprio Banco Central da Argentina elevou neste mês a expectativa inflacionária para 76% para este ano e para 64,6% em 2023, uma projeção classificada como otimista pelos especialistas.
