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Oriente Médio

Influenciadora é presa na Arábia Saudita por “expressões sexuais” no TikTok

(Foto: Pixabay)

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A polícia de Riad, na Arábia Saudita, prendeu nesta terça-feira (26) uma famosa influenciadora egípcia após uma transmissão ao vivo na plataforma TikTok na qual teria usado “palavras e expressões sexuais”, segundo informou a Segurança Geral Saudita em suas redes sociais.

“A polícia de Riad prendeu uma garota de nacionalidade egípcia que fez uma transmissão ao vivo em um site de rede social conversando com outra garota e usando algumas palavras e expressões sexuais”, detalhou a instituição em um vídeo postado no Twitter.

A Segurança Geral Saudita destacou que a jovem foi detida porque seu conteúdo “prejudica a imagem e a moral geral do país”, e acrescentou que já foram iniciados os trâmites acusatórios junto à Procuradoria-Geral da República.

A imprensa local e ativistas identificaram que trata-se da jovem influenciadora egípcia Tala Safwan, que acumula mais de 5 milhões de seguidores no TikTok. A polícia saudita não divulgou seu nome, mas disponibilizou imagens borradas dela.

Em um de seus últimos vídeos, Safwan apareceu fazendo uma videochamada com outra jovem que convidou para sua casa de madrugada, algo que gerou uma onda de críticas entre os usuários por considerarem que estava fazendo uma proposta sexual.

Após esse vídeo, que se tornou viral devido à polêmica, a jovem se defendeu alegando que suas palavras haviam sido mal interpretadas.

Vários internautas iniciaram uma campanha contra ela nas redes sociais com a hashtag “Tala ofende a sociedade”.

Como muitos outros países árabes e de maioria muçulmana, a Arábia Saudita criminaliza a homossexualidade e comentários públicos com referências sexuais.

No Egito, dezenas de influenciadoras foram detidas e até mesmo encarceradas nos últimos anos por postarem vídeos no TikTok em que aparecem dançando, algo que as autoridades do país consideram “incitação à libertinagem” e, em casos mais extremos, “prostituição”.

A prisão de Safwan ocorre depois que a Comissão Geral de Mídia Audiovisual da Arábia Saudita pediu no domingo ao Google em um comunicado para remover anúncios do YouTube que considera “ofensivos” e que “conflitam com valores sociais e princípios do Islã”.

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