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Policiais ingleses investigam provas coletadas em local onde se acredita que vivia o suspeito de tentar atentado terrorista contra avião que ia da Holanda aos EUA | AFP
Policiais ingleses investigam provas coletadas em local onde se acredita que vivia o suspeito de tentar atentado terrorista contra avião que ia da Holanda aos EUA| Foto: AFP
  • Imagem do site da rede CNN mostra o suspeito de tentar explodir o avião sendo levado para fora

Um dia após a tentativa de ataque terrorista contra um avião que ia da Holanda para os Estados Unidos, o governo norte-americano investiga o caso em parceria com a Nigéria, país de origem do suspeito, e com a Inglaterra, onde ele supostamente morava e estudava.

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, afirmou neste sábado (26) que a Inglaterra trabalha em estreita colaboração com as autoridades americanas na investigação da tentativa de atentado contra o voo Amsterdã-Detroit na sexta-feira.

"A segurança das pessoas sempre tem que ser nossa principal preocupação. Trabalhamos em estreita relação com as autoridades americanas que investigam o incidente desde que ocurreu", destaca Brown em um comunicado.

O nigeriano de 23 anos, que afirmou ter vínculos com a Al-Qaeda, tentou detonar um explosivo a bordo de um avião da Northwest Airlines antes de ser contido pelos passageiros. A polícia britânica apreendeu documentos e informações que podem pertencer ao suspeito em um apartamento de Londres, durante a investigação.

"Com a ameaça potencialmente elevada que este incidente representa, conversei com o chefe de polícia de Londres (Paul Stephenson), cujos oficiais estão revistando imóveis em Londres" acrescenta a nota de Brown.

Estudos em Londres

O autor da tentativa frustrada de atentado foi identificado como Abdul Farouk Abdulmutallab.

A University College of London informou neste sábado que não tem em seus arquivos de antigos alunos nenhum Abdul Farouk Abdulmutallab, e sim um Oumar Farouk Abdulmutallab, outro nome citado pela imprensa, que estudou Engenharia Mecânica na instituição de setembro de 2005 a junho de 2008.

"Os meios de comunicação divulgaram vários nomes diferentes para o homem detido relacionado com a tentativa de atentado no voo 253 da Northwest Airlines nas primeiras horas de 26 de dezembro", afirma um comunicado da prestigiosa University College of London (UCL), na qul, segundo a imprensa, teria o nigeriano teria estudado.

O nome mais citado na imprensa é Abdul Farouk Abdulmutallab, descrito como um nigeriano de 23 anos que teria cursado Engenharia Mecânica nesta universidade britânica em pleno coração de Londres. "A UCL não tem nenhum dado de um 'Abdul Farouk Abdulmutallab' que teria sido matriculado em nossa instituição", completa o comunicado.

"Mas a UCL pode confirmar que um estudante com o nome de 'Oumar Farouk Abdulmutallab' cursou Engenharia Mecânica em nossa instituição entre setembro de 2005 e junho de 2008", destaca a nota.

A universidade acrescenta, no entanto, não ter nenhuma prova de que se trate da mesma pessoa citada pela imprensa.

Nigéria

A Nigéria abriu neste sábado uma investigação sobre a tentativa de atentado a bordo de um avião americano, que fez a viagem entre Amsterdã e Detroit, e prometeu cooperar com os Estados Unidos, anunciou a ministra nigeriana da Informação, Dora Akunyili.

"O vice-presidente da República Federal da Nigéria, Goodluck Ebele Jonathan, ordenou às agências de segurança nigerianas que investiguem o incidente", afirmou a ministra.

"Foram adotadas medidas para verificar a identidade do suspeito e suas motivações. Nossas agências de segurança vão cooperar totalmente com as autoridades americanas na investigação".

"O governo comunicará todas as informações disponíveis. Declaramos firmemente que nossa nação repudia todas as formas de terrorismo", completou.

"Estouro"

A rede de TV americana CNN divulgou neste sábado (26) em seu site uma imagem que seria do suspeito de tentar explodir um avião que ia da Europa aos EUA, na noite de sexta. Segundo a Casa Branca, o nigeriano Abdul Mudallad, de 23 anos, confirmou a tentativa de um ataque terrorista.

O passageiro Jasper Schuringa disse à rede de TV que com a ajuda da tripulação ajudou a segurar e isolar Abdul Mudallad. "Eu vi que ele estava com um artefato entre as pernas e estava tranquilo quando todo mundo estava em pânico. Eu tirei o objeto dele e tentei apagar o fogo."

Já o passageiro Syed Jafry, sentado na poltrona 16G, disse à rede que o avião estava se preparando para o pouso quando eles ouviram um estouro e logo depois viram uma luz e fogo. "As pessoas que estavam perto entraram em pânico", afirmou. Segundo ele, a situação foi controlada em poucos minutos.

O incidente

O nigeriano saiu de Lagos, na Nigéria. Trocou de avião em Amsterdã e seguia rumo os Estados Unidos. O incidente aconteceu quando o avião estava prestes a pousar em Detroit, no estado de Michigan.

Segundo uma TV americana, o passageiro tinha um saco com uma espécie de pó amarrado à perna. Ele teria injetado um líquido no pó, que explodiu. Ele sofreu queimaduras de segundo grau e dois passageiros sentados ao lado ficaram feridos.

O nigeriano teria contado ao FBI que recebeu ordem da al-Qaeda de explodir o avião. No aeroporto em Detroit todos os vôos internacionais foram suspensos. Passageiros que passaram horas no terminal reclamavam da falta de informações.

O Departamento de Segurança Interna comunicou que novas medidas de segurança nos aeroportos serão adotadas imediatamente por ordem do Presidente Obama.

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