A ex-refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) Ingrid Betancourt pediu nesta segunda-feira (8) que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, interceda para que mais seqüestrados sejam libertados. Visivelmente emocionada, Ingrid afirmou que o encontro com Chávez foi "muito importante". Ela também sugeriu às Farc que abandonem as armas, para abrir caminhos na política colombiana.
Após o encontro com Chávez, a ex-candidata presidencial disse que pediu ao venezuelano "que nos ajude a retirar meus companheiros da selva". Ela foi libertada da selva há cinco meses, em uma operação especial das forças militares colombianas. Desde então, se comprometeu a agradecer pessoalmente a Chávez a participação do presidente venezuelano para liberar os seqüestrados das Farc.
"O primeiro passo devemos ao presidente Chávez", disse Ingrid, ao reconhecer que graças às ações do mandatário pela libertação de seis reféns das Farc no início do ano, abriu-se o caminho para seu resgate em julho, junto com outros 14 reféns.
Ingrid pediu às Farc que entreguem todos os reféns para que "deixem de ser terroristas". "As Farc têm que se dar conta de que não há espaço nesse continente para a luta armada." Ela também disse estar disposta a trabalhar para "abrir um espaço" para que as Farc possam "se aproximar da atividade política".
A ex-refém concluiu em Caracas um périplo de quase uma semana por vários países da região, entre eles o Brasil, onde se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A viagem tem por objetivo convencer os países da região a apoiarem a cruzada para liberar as pessoas ainda reféns do maior grupo rebelde da Colômbia. Além de Brasil e Venezuela, ela passou por Equador, Argentina, Chile, Peru e Bolívia.
A então candidata presidencial foi seqüestrada em fevereiro de 2002, em uma região do sul da Colômbia. Após ser resgatada, passou a viver na França - ela tem dupla cidadania. Ingrid deve ainda voltar à Colômbia antes de retornar à Europa.
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