Cabul Um juiz do Afeganistão decidiu ontem reavaliar o caso de um afegão que pode ser executado por se converter ao cristianismo por causa de relatos de que ele está mentalmente perturbado. Na lei islâmica, um muçulmano pode ser condenado à morte por abandonar a sua fé (acusação conhecida como apostasia). O porta-voz da Suprema Corte, Wakil Omari, disse que os relatos de insanidade partiram de familiares de Abdul Rahman. "De acordo com os seus parentes ele está louco", disse Omari.
O caso atraiu atenção internacional, levando o governo americano e o papa Bento 16 a pedir a anulação do processo. As pressões externas levaram o presidente Hamid Karzai a se envolver diretamente no caso.
Rahman que foi preso duas semanas atrás foi transferido para um presídio de segurança máxima na semana passada, depois de ter sido ameaçado de morte por outros presos na delegacia de Cabul onde estava sendo mantido.
Rahman se converteu há 16 anos, enquanto trabalhava ajudando refugiados no Paquistão. Ele foi denunciado por sua família em meio a disputas pela guarda de seus dois filhos. Quando foi preso no mês passado, ele carregava uma bíblia.



